Existem diversas vantagens em trabalhar por conta, mas uma coisa que sempre levanta dúvidas sobre o assunto é com respeito à aposentadoria do empreendedor. Desde o início da pandemia, o número de MEIs (Microempreendedor Individual) no Brasil vem crescendo cada vez mais, e, diferentemente de um trabalhador com carteira assinada, é o próprio empresário quem deverá se preocupar com sua aposentadoria no futuro, então aqueles que desejam ter uma renda mais alta que a oferecida pelo INSS precisam se planejar desde cedo.
Mesmo trabalhando por conta, todos são obrigados a pagar a taxa mensal do INSS, pois, além da aposentadoria mais básica, isso também garante outros benefícios sociais como licença-maternidade, afastamento por invalidez e outros. Um trabalhador CLT já paga essa taxa mensalmente, através dos descontos do seu salário, mas um empreendedor precisa fazer isso pela contribuição mensal. No caso do MEI, está incluso no valor cobrado todos os meses pelo Simples Nacional.
Contudo, o benefício pago pelo INSS na terceira idade costuma estar bem abaixo dos ganhos mensais do empreendedor, o que significa que ele teria de enfrentar uma grande redução na sua renda. A solução para esse problema seria investir em um plano de previdência privada, uma alternativa oferecida por bancos, seguradoras e corretoras de crédito para quem deseja ter uma fonte de renda maior em longo prazo.
Existem planos de previdência privada para pessoa física e jurídica, sendo que a segunda opção é mais vantajosa para quem é empreendedor, devido à possibilidade de ter uma renda maior que a de um trabalhador CLT. Atualmente, o teto da previdência do INSS é de R$ 7.087,22, ou seja, não importa quais sejam seus ganhos mensais, esse é o máximo que é possível obter pela aposentadoria tradicional. Na previdência privada de pessoa jurídica, é possível ultrapassar esse número e ainda contar com diversos benefícios como isenção do Imposto de Renda, redução na tributação do saque, etc.
As opções variam, e, na prática, funciona igual a qualquer investimento: você aplica o dinheiro agora e, quanto mais tempo deixá-lo rendendo, maior será a quantia disponível no futuro. Ainda existe um modelo progressivo, onde é o acúmulo que define o valor, e não o tempo de aplicação. Quem optar pela tabela progressiva ainda pode mudar para a regressiva quando desejar, mas o contrário não é possível.