Na última quarta-feira (15), catadores e catadoras das cooperativas de Paranavaí e Nova Esperança, participaram de uma reunião para debater a continuidade do projeto Cataforte na região. O diálogo entre os representantes da Rede de Catadores Arenito Caiuá, integrantes do Instituto Lixo e Cidadania e o assessor do Escritório Nacional do Cataforte, Fagner Jandrey, aconteceu na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em Paranavaí.
Durante a reunião, os responsáveis pelo Cataforte apresentaram ao secretário Ramiro Kulevicz um diagnóstico sobre o andamento do programa na região e as principais demandas. Uma das principais questões está na adequação das cooperativas de catadores para receber equipamentos enviados pelo projeto. “Estes equipamentos são importantes para nivelar as cooperativas, todos necessitam deles para melhorar a qualidade do nosso trabalho”, comentou a catadora da Coopervaí, Vanessa Cristina dos Santos.
O engenheiro João Artur Casado explicou que para os equipamentos funcionarem em capacidade plena é preciso que as cooperativas façam algumas adaptações estruturais.
“A Cooperativa de Materiais Recicláveis aqui de Paranavaí já tem R$ 702 mil em recursos conveniados pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde) liberados e empenhados para a aquisição de equipamentos. Falta apenas alterar o padrão de energia da cooperativa aqui de Paranavaí para que suporte o funcionamento destes equipamentos. O prefeito Delegado KIQ já iniciou as conversações sobre este assunto em meados de janeiro, durante a vinda do Ministro Ricardo Barros à cidade, e já estamos providenciando as alterações necessárias”, explicou o secretário de Meio Ambiente, Ramiro Kulevicz.
O Cataforte – O Cataforte é um projeto do Governo Federal que já está em sua terceira fase, desta vez voltado para a questão dos negócios sustentáveis em Redes Solidárias, como as cooperativas de catadores. O investimento global é de R$ 200 milhões em empreendimentos de catadores de materiais recicláveis, possibilitando a inserção de cooperativas no mercado da reciclagem e na cadeia de resíduos sólidos.
Com o Programa, são realizadas ações de assistência técnica, capacitação de catadores e lideranças, apoio à elaboração de planos de negócios, ampliação e nivelamento da infraestrutura das cooperativas. Através do projeto ainda é possível que os catadores tenham acesso a produtos bancários, como capital de giro, disponibilizados pelo Banco do Brasil, acesso ao Cartão BNDES, ao Microcrédito Produtivo Orientado (MPO), ao Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) e ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
O Cataforte também destina recursos para a estruturação de cooperativas e associações possibilitando que estes empreendimentos solidários se tornem aptos a prestar serviços de coleta seletiva para prefeituras, participar no mercado de logística reversa e realizar conjuntamente a comercialização e o beneficiamento de produtos recicláveis. Nesta terceira etapa, o Cataforte está trabalhando com 33 redes de cooperação solidária, com mais de 450 Empreendimentos Econômicos Solidários, integrando mais de 13 mil catadores e catadoras de materiais recicláveis em 13 estados brasileiros e no Distrito Federal (DF).
Fonte: Secom