A criação de calopsitas se tornou uma verdadeira febre. Várias pessoas estão deixando de ter cães e gatos para criar as aves por conta do custo reduzido de manutenção e pela fácil interação com os donos.
A bactéria chlamydia psittaci, que é encontrada nas fezes, urina ou secreções das calopsitas pode contaminar o ser humano. É preciso ter cuidado. “A maioria das aves contaminadas é portadora assintomática da doença, ou seja, tem a bactéria mas não a desenvolve ao ponto de ficar doente”, explica o médico veterinário Octávio Lisboa.
Nas aves, na maioria das vezes, a bactéria provoca uma inflamação nos olhos (conjuntivite) ou até mesmo uma infecção generalizada, atingindo órgãos vitais como rins, fígado e pulmões. No ser humano pode causar conjuntivite, infecções respiratórias e até problemas ginecológicos, conforme o especialista.
O grande problema para as pessoas e para as aves é que os sinais da doença são muito parecidos com sintomas provocados por infecções bacterianas ou virais mais comuns, o que torna obrigatória a realização de um exame detalhado.
O tratamento se dá através de antibiótico. A doença tem cura quando o diagnóstico e os cuidados são feitos de maneira correta. Não existe vacina contra a doença. Por isso, é imprescindível realizar o exame de pesquisa para clamídia nas aves pelo menos uma vez por ano.
A bactéria já foi identificada em mais de 100 espécies de aves, com destaque para as da família Psitacidae, conhecidas como de “bico torto” (papagaios, calopsitas, maritacas e periquitos australianos).
(Com informações do Paraná On Line)