Nos dias modernos, o acesso à informação se faz uma ferramenta valiosa aos tutores de cães e gatos. Antigamente, a expectativa de vida dos animais de estimação era menor, e muitos não chegavam à idade sênior. Hoje em dia, já é possível permitir uma vida mais longa ao pet, e a necessidade de informações quanto ao cuidado de animais seniores se torna cada vez maior.
Quando um animal se torna sênior/idoso?
O cálculo comparativo da idade humana para a idade do animalzinho depende de fatores como espécie, raça e porte. Normalmente, o resultado é apenas uma estimativa, mas é aceitável dizer que cães de grande porte atingem a senioridade em torno de 6 a 8 anos, enquanto cães de porte médio e pequeno atingem em torno de 8 a 10 anos, e gatos costumam se tornar seniores a partir dos 10.
Na faixa de idade que configura a senioridade, o corpo do animal passa naturalmente a produzir mais radicais livres. Essas moléculas são responsáveis pela morte das células, e sua quantidade se torna maior, devido à diminuição da produção de antioxidantes.
O resultado é um declínio gradual, porém natural, de funções cognitivas e emocionais. Contanto que o tutor se atente para as necessidades do pet, a senioridade ainda pode ser uma fase confortável.
Alimentação
Animais que são nutridos por meio de alimentação natural certamente têm mais longevidade e chegam à fase sênior com muito mais saúde. Por esse motivo, o plano nutricional a partir de alimentos naturais deve ser considerado desde a idade mais jovem e, no caso de animais seniores, implementado como forma de garantir a saúde.
Bichos de estimação idosos precisam de mais atenção quanto aos nutrientes que recebem, e o uso de suplementos à base de ômega 3 com antioxidantes pode ser necessário e benéfico.
Estímulo
Os pets mais velhos também precisam continuar sendo estimulados. O passeio pode durar um pouco mais e a energia para a brincadeira pode não ser a mesma, mas a atividade é importante para desacelerar o declínio de funções cognitivas e condicionamento físico.
Adaptação do espaço
Através do uso de cheiros e texturas, a navegação do seu companheiro pela casa pode ficar muito mais fácil, evitando que o animal sofra desgastes desnecessários. O uso de tapetes no chão é recomendado, assim também é a aproximação dos espaços de alimentação, descanso e necessidades.
Lembrar de garantir um espaço adequado para o sono também é essencial, pois animais idosos podem facilmente lesionar um membro se sua cama não for bem ajustada para eles.
Veterinário
O ideal é que o animal idoso seja levado ao veterinário pelo menos duas vezes ao ano. Essa frequência garante que problemas comuns à idade, como doenças periodontais e renais, sejam prevenidos ou tratados precocemente.
Doenças articulares, doenças cardiovasculares, diabetes e catarata também são comuns, portanto o tutor deve estar sempre atento a todos os sinais que possam indicar esses problemas.
O ideal é falar com o profissional de medicina veterinária, que analisará o animal de acordo com seu estado de saúde atual e características pessoais. Ao solicitar, o profissional pode produzir um plano de cuidados especialmente desenvolvido para seu pet.
Com atenção, é possível devolver ao animal todo o amor dos muitos anos de atividade na forma de uma “aposentadoria” tranquila e cheia de cuidado.
Da redação/foto iStock