Conta-se que na Grécia Antiga, vivia um velho sábio. Considerado o mais sábio dos sábios, nenhuma questão que lhe fosse levada ficava sem solução. Ele sabia tudo de tudo.
Existia nessa cidade um jovem arrogante que não se conformava com isso. Ele não aceitava o facto de o sábio conseguir decifrar qualquer enigma, fosse ele qual fosse. Durante muito tempo o jovem arrogante ficou planeando uma forma de cravar uma partida ao sábio.
– Tem que existir uma forma de enganar o velho. Ninguém sabe tudo de tudo – pensava ele.
Até que um dia ele descobriu uma forma, a qual nem mesmo o mais sábio dos sábios teria saída.
– Colocarei em minhas mãos, levemente fechadas, um pequeno pássaro vivo e perguntarei ao sábio se o pássaro está vivo ou morto. Se ele responder que está morto, eu abrirei as mãos e o libertarei para o voo. Se ele responder que está vivo, eu o apertarei com os dedos e o matarei.
O velho não terá saída. Assim pensou o jovem arrogante.
Procurou o velho sábio, juntamente com os seus discípulos para o fazer embaçar. Mostrou a mão levemente fechada e perguntou:
– Mestre sábio, vós que sabeis tudo, dizei-me: o passarinho que está na minha mão está vivo ou morto?
O sábio olhou bem nos olhos do jovem e respondeu:
– Como queiras, meu filho, como queiras!
Por: PROF. KIBER SITHERC