O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que atende um total de 85 municípios, está passando por dificuldades financeiras. A dívida, que está em torno de R$ 4 milhões, se dá pela falta de pagamento das mensalidades por parte de alguns municípios atendidos.
Segundo informações do coordenador geral do SAMU, Almir Almeida, o órgão tem feito um grande esforço e recebido ajuda do governo estadual para que os atendimentos continuem. “A gente tem feito um malabarismo muito grande, o governo do Estado tem aportado alguns recursos. Em dezembro, o governo aportou um milhão de reais e tem uma promessa que em março venha mais um milhão de reais”, esclarece.
Mesmo com toda a dificuldade financeira enfrentada pelo órgão, os atendimentos continuam normalmente. De acordo com Almeida, todos os municípios seguem sendo atendidos e não houve nenhum tipo de corte nos atendimentos. “Vamos continuar lutando e brigando para que os serviços sejam prestados da melhor maneira possível”, assegura.
O coordenador, juntamente com prefeitos e secretários dos municípios atendidos, participou na manhã de hoje (sexta-feira), na sede da Amunpar, de uma reunião para tentar resolver a situação. Almeida declara que espera que o serviço seja realinhado e que o problema da inadimplência se resolva.
O responsável pelo SAMU ainda deixou claro que o órgão não é somente um serviço de transporte. “O SAMU é um serviço de urgência e emergência, não é apenas um transporte. Isso tem que ficar bem claro para a população e para os prefeitos”, frisa.
O valor pago pelos municípios é o mesmo desde o ano passado, R$0,80 per capita. Segundo Almeida, ainda é o valor mais baixo do estado do Paraná, já que na cidade de Cascavel, são cobrados R$1,20, e em Pato Branco, R$1,05. Ele ainda informa que continuam lutando para que não haja reajuste neste valor.
Quando perguntado a respeitos dos motivos dados pelos municípios para não fazer o pagamento do serviço, o coordenador informa que é sempre a baixa arrecadação das cidades. “Eu também já fui prefeito, sei que há estas dificuldades. Mas, infelizmente, a gente tem que pensar em priorizar algumas coisas e acho que é fundamental priorizar a saúde”, encerra.
Colaboração do repórter Pedro Machado.
Fonte: Portal da Cidade Paranavai