Usar IA no trabalho pode dar demissão? Veja o que você precisa saber

A gente sabe como a Inteligência Artificial está cada vez mais presente na nossa rotina, inclusive no trabalho. Uma hora ou outra surge aquela dúvida: será que dá pra ser demitida por usar IA no serviço? Confesso que esse medo não é só seu, viu? Muita gente anda se perguntando isso, principalmente porque nem toda empresa deixa claro o que pode ou não pode.

Ultimamente, o assunto está movimentando conversas nas redes, nos grupos de whatsapp e até no cafezinho do escritório. Tem quem ache a IA uma aliada, para agilizar algumas tarefas. Já outros têm receio de fazer algo errado sem perceber. Aqui em casa, até minhas amigas me perguntaram sobre isso esses dias, então resolvi dar uma pesquisada melhor.

O fato é que, sim, já existem casos de pessoas que sofreram consequências sérias no trabalho por causa do uso desse tipo de tecnologia. Mas, como sempre, o que pesa mesmo é a forma como cada empresa lida com o assunto — e claro, as regras que estão no contrato ou no manual interno. E vamos combinar: no Brasil, as leis trabalhistas são cheias de nuances, então vale entender melhor antes de entrar em pânico.

Vamos conversar direitinho sobre isso.

Quando o uso da Inteligência Artificial pode dar problema?

Sabe aquele momento em que bate a vontade de pedir uma ajudinha para a IA só pra ganhar tempo? Isso está acontecendo direto, mas, segundo especialistas em direito do trabalho, tudo vai depender das regras da própria empresa e do tipo de tarefa.

Por exemplo, tem lugar que libera – e até incentiva – o uso de inteligência artificial no dia a dia. Já outros enxergam risco, principalmente quando se trata de informações confidenciais, atendimento ao público, ou atividades que exigem criatividade individual. Tipo, se você entrega um relatório inteiro feito por IA sem revisar, ou expõe dados internos num sistema desconhecido, pode sim ter dor de cabeça.

O problema maior, segundo juristas, aparece quando o uso da IA fere políticas internas, entrega informações sigilosas para plataformas externas, ou até quando prejudica a qualidade do serviço. Você já deve ter visto aquela história de trabalhos escolares prontos de internet, né? No mundo corporativo é parecido: se a empresa descobre que você basicamente terceirizou tudo, ela pode interpretar como falta de ética.

Pode dar justa causa?

Olha, justa causa é coisa séria. Ninguém quer passar por isso, ainda mais sabendo que acaba mexendo em vários direitos. Por aqui, advogadas de direito do trabalho costumam dizer que só rola demissão por justa causa quando o uso da IA configura uma falta realmente grave e comprovada.

Se, por exemplo, a empresa proíbe expressamente o uso de plataformas externas e mesmo sabendo disso a pessoa insiste, fornecendo dados internos, aí sim pode rolar processo disciplinar. Mas se não há orientação clara ou se a IA é usada só como apoio – revisando um texto, corrigindo um e-mail, dando ideias – dificilmente a justa causa se sustenta.

Aqui entra aquela dica básica: sempre que pintar dúvida, pergunte pro RH ou chefe direto. Parece simples, mas quebra um galho, especialmente nessas situações novas que todo mundo ainda está descobrindo como lidar. Já passei por situação parecida e fui direto perguntar, foi melhor do que arriscar.

O que muda para os trabalhadores?

A chegada da inteligência artificial pode facilitar (e muito!) o nosso dia a dia. Mas também traz essa necessidade de ficar de olho em regras e limites. Tem empresa que já inclui normas sobre IA no regulamento interno. Outras ainda estão sem saber direito como agir.

Por isso, se você trabalha num lugar que é mais rígido, vale a pena fuçar as políticas internas e conferir se tem alguma menção ao uso de tecnologias. Às vezes o RH até faz uma reunião para avisar das novidades, mas nem sempre todo mundo presta atenção.

E claro, nunca é demais tomar cuidado com dados sensíveis, nomes de clientes, informações estratégicas e tudo aquilo que a gente ouve “é confidencial”. Algumas amigas minhas adoram usar IA pra formatar planilhas ou revisar os textos, mas sempre deixam a versão final com a cara delas. Cada empresa tem um jeitinho diferente de lidar, então prestar atenção nesse detalhe é super importante.

No fim das contas, como evitar dor de cabeça?

O segredo é saber das regras do lugar, usar o bom senso e evitar a tentação de entregar tudo nas mãos da IA sem conferir antes. Você já deve ter passado por aquele perrengue de mandar o e-mail errado, né? Com IA, o cuidado precisa ser redobrado.

No fundo, tudo é questão de equilíbrio: dá pra aproveitar as vantagens da tecnologia, só que sem se colocar numa saia justa com a chefia. E sempre que a dúvida bater, vale perguntar. Afinal, ninguém merece perder o sono por medo de ser demitida.

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