Cofundador da OpenAI revela por que a IA ainda te decepciona

Você já percebeu como, às vezes, parece que a tecnologia está andando rápido demais e a gente fica meio perdida com tanta promessa? Pois, por mais que o pessoal lá do Vale do Silício fique animadíssimo com novidades como assistentes de inteligência artificial superautônomos, a verdade ainda é um pouco diferente do que pintam por aí.

E olha que quem está dizendo isso não sou eu não, viu? Foi o próprio Andrej Karpathy, que inclusive ajudou a fundar a OpenAI e já foi chefão de inteligência artificial na Tesla. Numa entrevista recente, ele foi bem honesto sobre essa história de agentes de IA que resolvem tudo sozinhos — sabe aquelas coisinhas que prometem marcar viagem, responder e-mail, programar pra você… quase um sonho pra quem vive na correria.

Karpathy contou que, apesar desse “oba-oba” todo com IA, na prática esses assistentes não funcionam tão bem quanto a indústria divulga. Eles ainda tropeçam bastante, não aprendem direito sozinhos e ficam longe de ter a inteligência que prometem. Segundo ele, ainda vão uns bons anos até chegarem perto do que muita gente espera.

Agentes de IA: nem tudo são flores

Tem muito investidor apostando alto, jurando que 2025 seria “o ano do agente”. Mas, por enquanto, tem mais frustração do que revolução. Pra ter ideia, um especialista do mercado explicou que mesmo quando um agente de IA acerta 80% das pequenas tarefas, se precisar fazer várias coisas em sequência, a chance de dar tudo certo cai bastante — tipo quando a gente tenta resolver tudo de uma vez e acaba errando um detalhe bobo aqui ou ali. No caso da IA, se ela tiver que cumprir uma tarefa com cinco passos, só 32% das vezes tudo vai sair certo. Ou seja, nem é tão confiável assim.

Karpathy, aliás, não critica só a qualidade desses assistentes. Ele se preocupa também com o rumo da indústria de tecnologia. Pra ele, criar sistemas que querem tornar humanos inúteis só coloca mais conteúdo “meia boca” no mundo — aquela avalanche de textão genérico, cheio de erros, que pipoca nas redes sociais e nos faz rolar a timeline mais rápido do que café esfria.

Você já notou isso? Às vezes parece que, quanto mais facilidade para criar as coisas, mais conteúdo ruim aparece pela frente. Aqui em casa, já me deparei com resenhas de produto óbvias demais para serem humanas. Tem toda uma preocupação com a gente deixar de ser protagonista pra virar só espectador do que a máquina resolve.

O próprio Karpathy defende que a verdadeira mágica não é a IA fazer tudo sozinha, mas sim colaborar com a gente. Ele quer que a inteligência artificial ajude, tire dúvidas, consulte as informações certas e, principalmente, peça nossa opinião quando não tiver certeza. É como aquela amiga que dá uma força, mas te consulta antes de tomar decisões importantes — não aquela que faz tudo no automático e pronto.

Sobre o tal “vibe coding”: há limites também

Tem mais: Karpathy ficou famoso por criar o termo vibe coding, e esse conceito andou gerando expectativa por aí. A ideia, basicamente, é deixar a programação por conta da IA. Você fala ou escreve o que quer — numa linguagem de gente, simples mesmo — e a máquina se vira para transformar isso em código.

Já pensou nunca mais bater a cabeça com tutorial de programação? Pois é… só que, na prática, nem toda maravilha vira realidade. O próprio Karpathy até tentou usar esses métodos em alguns projetos, usando plataformas modernas como o Composer e o modelo Sonnet. Ele ditava os comandos por voz, e toda vez que dava erro, copiava e colava na IA pra ela corrigir.

Mas quando precisou criar um programa mais complexo, chamado Nanochat, preferiu voltar ao bom e velho código feito à mão. Ele testou com algumas IAs conhecidas — inclusive umas famosas lá fora — mas viu que o resultado não ficava do jeito que queria. No fim, percebeu que a tal “magia” do vibe coding resolve o básico, mas quando o negócio aperta, complica.

E tem outro ponto importante: fazer tudo com IA pode acabar gerando problemas de segurança, porque é difícil ter controle do que está sendo criado. Fica aquela sensação de que as coisas podem sair do nosso controle rapidinho, principalmente em projetos maiores.

No fundo, a sensação que fica é aquela velha história: por mais avançada que seja a tecnologia, a nossa participação continua sendo indispensável. E, sinceramente, às vezes dá até um alívio saber disso, né?

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