Brasileiro é destaque na Unesco com estudo sobre IA e ética

A Unesco acabou de revelar os vencedores do primeiro Prêmio Unesco-Uzbequistão dedicado à Pesquisa Científica sobre Ética na Inteligência Artificial. Gente, olha a novidade: o prêmio principal foi para um brasileiro — o professor Virgílio Almeida, lá da UFMG. Ele pesquisa temas que mexem com a nossa vida digital, como a governança das redes, inteligência artificial e, claro, todos aqueles algoritmos que a gente nem vê, mas que acabam influenciando bastante o nosso dia a dia, inclusive nas redes sociais.
Sabe aquele debate sobre como deveria funcionar a internet aqui no Brasil? Então, o professor Virgílio participou ativamente da criação do Marco Civil da Internet, lá atrás, quando ele também era secretário nacional no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Naquela época, teve todo aquele escândalo que envolveu o Edward Snowden e trouxe à tona um monte de segredos sobre espionagem digital feita pelos Estados Unidos. Você lembra de ouvir falar disso, né? O Brasil não ficou de fora, com Petrobras e até a então presidente Dilma Rousseff sendo monitoradas.
Depois desse baque, o país precisou reagir de forma séria, e o professor Virgílio esteve presente em reuniões internacionais super importantes sobre o assunto. Quando tudo se acalmou, ele continuou como pesquisador aqui no Brasil, tanto na UFMG quanto em São Paulo, na USP, sempre puxando projetos ligados a inteligência artificial responsável — ou seja, aquela IA que respeita limites técnicos, sociais, legais e até institucionais. Parece super complexo, mas no fim das contas é aquele esforço para garantir que a tecnologia trabalhe a favor das pessoas, sem prejudicar ninguém. Aqui em casa, por exemplo, fico pensando como seria bom contar com mais proteção quando uso aplicativos pra tudo, sem medo de ter dados vazados ou ser vigiada sem saber.
A indicação para esse prêmio veio do próprio Itamaraty. O governo brasileiro até comemorou a conquista, destacando o compromisso de buscar uma internet mais inclusiva e o uso responsável de tecnologias digitais, para beneficiar todo mundo. Às vezes parece meio distante da nossa rotina, mas esse tipo de pesquisa ajuda bastante a criar limites para o que as empresas e governos podem ou não fazer com os nossos dados.
Mas não foi só o professor Virgílio que brilhou. Duas pesquisadoras foram reconhecidas também — a Claudia Roda e a Susan Perry. Elas trabalham em Paris, na cadeira da Unesco sobre Inteligência Artificial e Direitos Humanos, e estudam justamente como todas essas tecnologias impactam de verdade o nosso cotidiano. Elas analisam como as novidades podem criar soluções incríveis, mas também complicar nossa vida de maneiras que a gente nem imagina, tipo aquela sensação estranha quando você fala sobre um produto e minutos depois aparece um anúncio igualzinho no celular.
Outro destaque foi para o Instituto para Governança Internacional da Inteligência Artificial, da Universidade de Tsinghua, que fica na China e é liderado pelo professor Xue Lan. Eles pesquisam há alguns anos como desenvolver uma IA mais justa e inclusiva, sem aquela coisa de favorecer só quem já tem mais recursos. Me faz pensar em como seria bom se todas as tecnologias já viessem com esse tipo de cuidado embutido desde o início.
Prêmio tem nome de cientista famoso
O nome do prêmio, Beruniy Prize, é uma homenagem ao Abu Rayhan al-Biruni. Ele viveu nos séculos X e XI e era daqueles gênios que entendiam de tudo: astronomia, matemática, geografia, física, até filosofia e história. Era persa e se tornou um símbolo importante da ciência e cultura do Uzbequistão, que é o país que promove esse prêmio hoje. Tem sido uma forma deles mostrarem sua cultura e ampliar a presença internacional, já que, querendo ou não, os avanços da ciência acabam aproximando muita gente de diferentes partes do mundo.
No fundo, são essas iniciativas que plantam pequenas sementes para um uso mais seguro e consciente da tecnologia — e, sinceramente, só quem já levou susto com conta hackeada ou rede social invadida sabe o valor desse tipo de discussão.
