BPC terá descontos por fraudes no INSS: saiba o que muda

Amiga, imagina só a dor de cabeça: a Controladoria-Geral da União descobriu que muita gente que recebe o BPC do INSS levou prejuízo por causa de um esquema de fraude. Algumas pessoas estavam tendo descontos todo mês sem nem saber, um dinheiro indo embora do benefício sem autorização. Tudo isso entre 2019 e 2025, envolvendo uma associação de aposentados que deveria proteger, não prejudicar.
Fico pensando em quantos idosos e pessoas com deficiência têm dificuldades até para acessar um celular, quanto mais para ficar de olho nesses descontos. É aquela coisa — a gente cuida dos nossos pais, avós, todo mundo merece respeito e segurança, mas sempre aparece alguém mal-intencionado querendo tirar proveito.
O escândalo acabou vindo à tona porque a fiscalização falhou e os dados de pessoas super vulneráveis foram usados sem nenhum pudor. Centenas de casos já foram confirmados em que o desconto aparecia ali, bem sorrateiro, sem ninguém ter dado “ok” praquilo.
É revoltante, mas serve de alerta pra gente ficar sempre atenta. Se você também cuida de alguém que recebe benefício do INSS, sabe a importância de olhar extrato, perguntar sobre valores diferentes… Aqui em casa, por exemplo, eu sempre confiro pelo menos uma vez por mês.
Entendendo o que é o BPC
Esse benefício, que muita gente chama só de LOAS, é o amparo pago pelo governo para idosos a partir de 65 anos ou pessoas com deficiência e renda familiar baixinha, menos de um quarto do salário mínimo por pessoa. Diferente da aposentadoria, ele é garantido mesmo pra quem nunca contribuiu com o INSS.
Pra milhões de famílias, é uma grande ajuda, principalmente quando falta recurso até para necessidades básicas. Só que, infelizmente, esse dinheiro vira alvo fácil de golpes, ainda mais quando o sistema de controle é falho e digitalização não chega para todo mundo.
Como funcionava a fraude da associação
O golpe funcionava assim: a tal Associação dos Aposentados (Aapen) fazia um desconto mensal nos pagamentos do BPC, mas sem que o beneficiário tivesse autorizado nada. Foram mais de 150 casos confirmados só desse tipo de trambique.
Tudo era feito pelo sistema chamado consignado — sabe aquele desconto que já sai direto do pagamento? Só que aqui foi sem assinatura, sem digital, nada. Os líderes daquela associação sabiam do erro, seguiram com o esquema e ainda desconsideraram os avisos que apareceram.
Falando sério, se nem com alerta eles pararam, dá pra ver que era bem premeditado. O dinheiro sumia sem a menor burocracia, e o INSS não conseguia barrar por causa das falhas no controle.
O tamanho do estrago — e por que afeta tanta gente
A investigação mostrou que, entre 2019 e 2025, o total de benefícios federais pagos com algum tipo de irregularidade chegou a 16,4 bilhões de reais. Isso mesmo: bilhões, sendo que a tal “Farra do INSS” anterior tinha dado pouco menos da metade desse valor.
Só que, muito além dos números, o que preocupa mesmo é o impacto na vida de quem depende desse dinheirinho todo mês. Muitas mulheres e homens mais velhos, pessoas com deficiência, não têm nem acesso regular à internet para checar extratos. Tem dia que até entrar no banco pelo app já é complicado, imagina saber que você foi lesada desse jeito?
Fica ainda mais difícil confiar nesses sistemas quando a vulnerabilidade é tão grande. O que era pra ser ajuda acaba virando dor de cabeça.
O que o governo está fazendo pra melhorar a segurança
Depois da confusão, o Ministério da Previdência e a CGU anunciaram algumas medidas para tentar proteger melhor quem recebe benefício. São mudanças que prometem dificultar muito que algo assim aconteça de novo.
- Validação biométrica: Pra evitar golpes futuros, qualquer desconto no salário de benefício só vai sair com autenticação por biometria, seja no guichê ou online. Não adianta tentar enganar, porque só sai com o dono autorizado.
- Auditoria nos convênios: O INSS está fazendo um pente-fino em todas as parcerias com associações e sindicatos. Quem cobrar sem autorização corre o risco de perder direito ao convênio.
- Portal e aplicativo mais transparentes: O Meu INSS está ficando mais claro, mostrando todos os descontos ativos e permitindo cancelar cobranças suspeitas direto pelo sistema. Dá até pra receber avisos por SMS e e-mail.
- Canal de denúncia facilitado: Se aparecer algo errado, agora fica mais simples denunciar no Fala.BR ou Ouvidoria do INSS. Se for comprovado, vai para o Ministério Público e Polícia Federal rapidinho.
Sabe aquele ditado, “quem não deve, não teme”? A ideia é que só descontos autorizados possam aparecer no contracheque do benefício.
Associação investigada de verdade
Esse caso colocou a Aapen na mira das investigações criminais. Ela que era tão famosa por atuar em nome dos aposentados agora é acusada de estelionato, fraude e outras ilegalidades, tudo apurado pela CGU com Ministério Público e Justiça. Pode ser até que a associação feche as portas, e quem dirigia corra risco de multa pesada.
Quando uma entidade assim comete fraude, o prejuízo nem sempre é só no bolso — a confiança da gente nas instituições vai embora. Dá um certo desânimo ver quem devia ajudar virar parte do problema.
E para quem recebe benefício: atenção aos descontos indevidos
O caso explodiu nas redes e muita gente foi contar que já tinha passado por situação parecida. Teve aposentado que só descobriu porque o neto foi dar uma olhadinha no extrato. É bom repetir: nenhum desconto pode ser feito sem a pessoa assinar ou autorizar.
Se você, sua mãe, seu pai ou alguém que você ajuda percebeu um desconto estranho, o melhor é:
- Entrar no app ou site do Meu INSS e pegar o extrato detalhado
- Ligar na Central 135 para registrar que algo está errado
- Denunciar pelo Fala.BR ou pela Ouvidoria do INSS
- Pedir o cancelamento imediato da cobrança
- Guardar todos os números de protocolo que receber
- E, se não resolver, procurar a Defensoria Pública da União
Sei que nem todo mundo tem facilidade com internet, então vale pedir ajuda de quem entende ou da família. Aqui, por exemplo, costumo ajudar minha tia com esses trâmites, porque ela já se enrolou uma vez com desconto indevido e só resolveu assim.
Por que fraudes ainda acontecem — e como olhar pra frente
Esse caso todo deixou claro que o sistema ainda tem portas abertas para abuso, principalmente quando processos dependem de papéis e convênios, não do controle digital. A biometria, o app mais prático e a fiscalização devem melhorar muita coisa, mas ainda precisamos ficar vigilantes, sabe?
Mesmo com todo o avanço, só um sistema moderno não basta. Faz diferença quando todo mundo confere, denuncia, orienta colegas e familiares. Afinal, ninguém quer ver dinheiro destinado à subsistência indo parar nas mãos erradas.
Essas histórias servem como lembrete: proteger aposentados e beneficiários vai muito além de criar leis bonitas. Envolve saúde, acesso, tecnologia, consciência e, claro, aquela atenção extra que só quem já passou por aperto entende.
