Sentiu as pernas agitadas? Veja o que isso pode revelar sobre Parkinson

Toda mulher já teve aquela noite em que o sono não vem de jeito nenhum, seja por ansiedade, calor, ou só porque o corpo está elétrico. Mas tem gente que sente uma inquietação nas pernas que não vai embora fácil. É aquela sensação chata que só melhora quando a gente mexe as pernas sem parar, principalmente quando deita para descansar. É disso que estamos falando: Síndrome das Pernas Inquietas, ou como alguns médicos chamam, doença de Willis-Ekbom.

Apesar de parecer só um incômodo, a coisa é mais séria do que muita gente imagina. Recentemente, pesquisadores lá da Coreia do Sul perceberam que existe uma ligação forte entre essa síndrome e o risco de desenvolver Parkinson, aquela doença famosa por afetar movimentos e tremores.

Eles estudaram um grupo enorme de pessoas, quase dez mil mulheres e homens que tinham o problema das pernas inquietas, junto com um grupo igualzinho, só que sem esse sintoma. Depois de analisar 17 anos de vida dessas pessoas (olha só quanto tempo!), descobriram que quem tem esse tormento nas pernas corre 60% mais risco de desenvolver Parkinson no futuro.

O papel da dopamina: por que ela interessa tanto?

Os pesquisadores coreanos foram fundo para entender como a dopamina entra nessa história toda. Sabe quando falam que a dopamina é o hormônio do prazer e do bem-estar? Pois é, ela também manda nos nossos movimentos. O curioso é que existe um remédio chamado agonista da dopamina, que muita gente usa justamente para essa inquietação nas pernas.

Eles repartiram o grupo dos pacientes: uns tomavam esse remédio e outros não. Olha só o que perceberam: enquanto só 0,5% das pessoas que tomaram o medicamento acabaram com Parkinson, entre quem não tomou, esse número subiu para 2,1%. Mas, mesmo assim, os médicos avisam que tomar o remédio não garante que ninguém vai ficar livre do risco para sempre – não tem receita mágica.

Caminhos para tratar: o que pode ajudar?

Hoje em dia, quando um médico cuida de alguém com Síndrome das Pernas Inquietas, costuma investigar outras causas também. Falta de ferro no sangue é uma delas, sabia? E os efeitos colaterais de antidepressivos também podem acabar dando nisso. Aqui em casa, por exemplo, eu sempre fico ligada em exames de sangue quando aparece qualquer sintoma esquisito.

Se mesmo corrigindo essas coisas o problema persiste, aí sim entram remédios que mexem com a dopamina ou outras substâncias para tentar controlar a situação. O objetivo é aliviar mesmo aquele desconforto nas pernas, porque ninguém merece noite mal dormida, né?

Pequenas atitudes que fazem diferença no dia a dia

Nem sempre a solução está só no remédio. Sabe aquele banho quentinho antes de dormir? Pode ajudar bastante. Massagem nas pernas, bolsa de água quente (ou fria, se você preferir) também costuma dar um alívio. Agora, o que pouca gente lembra é do efeito da cafeína: um simples cafezinho à tarde pode acabar com o seu sono se você sofre desse tipo de coisa. Eu mesma precisei trocar o café por chá de camomila para não ficar com as pernas pulando na cama.

Exercício físico regular também faz diferença. Não precisa virar atleta, mas colocar o corpo para mexer diariamente ajuda a acalmar as pernas na hora de deitar. Ainda assim, se nada funcionar, vale conversar com o médico, porque existem tratamentos específicos pra isso.

A verdade é que entender direitinho como tudo isso funciona faz diferença para a qualidade de vida, e não tem nada melhor do que acordar descansada e sem essa sensação incômoda nas pernas. Essas descobertas animam porque mostram que não é só “coisa da nossa cabeça”, sabe? E se você já sentiu isso, saiba que não está sozinha.

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