A cidade charmosa do Sul para quem ama história e passeios culturais

Sabe aquela cidade que parece saída de um livro de história, mas com cheirinho de doce no ar? Então, Pelotas é exatamente assim. Fica lá no sul do Rio Grande do Sul, pertinho de Porto Alegre, quase na pontinha do mapa. Não é só por causa da arquitetura antiga, não. A cidade é cheia de casarões que lembram os tempos em que o pessoal do charque era rico por ali — e, olha, cada casa mais linda que a outra.

Mas, se você, como eu, não resiste a uma sobremesa bem feita, Pelotas vai mexer com o seu coração. O pessoal leva a sério esse negócio de tradição doceira. Tem receita passada de mãe pra filha, de avó pra neta, aquela coisa que só a família sabe fazer do jeitinho certo. Comer um quindim lá não é só sobremesa, é quase uma viagem no tempo.

E outra: a cidade fica coladinha na Lagoa dos Patos, então o clima ali é gostoso, com aquele vento que nem desmancha o cabelo, só refresca.

O que não pode faltar no roteiro por Pelotas

Tá, você já chegou na cidade, andou pelo centrinho, viu aquele monte de prédio antigo. E agora? Se fosse você, fazia uma parada obrigatória na Praça Coronel Pedro Osório. É como se todo mundo ali se encontrasse. Tem jardim chique, casarões ao redor, um hotel antigo que parece cenário de novela. Se deixar, você perde a hora só olhando em volta.

Outro lugar que adoro recomendar é o Mercado Público Central. Funciona há mais de 150 anos e, sinceramente, dá vontade de provar um docinho diferente a cada passo. Tem também um monte de produto típico — de queijos a cuias de chimarrão — e aquele astral de lugar onde as conversas são longas, do jeitinho gaúcho mesmo.

O Museu da Baronesa é daqueles passeios que trazem um pouco de nostalgia. O casarão conta muita história do auge das charqueadas, com móveis antigos que dão vontade de sentar e imaginar como era a vida ali.

Não deixe de visitar a Charqueada São João. Já passei lá num fim de tarde e dá vontade de tirar mil fotos. O lugar mantém de pé a estrutura das antigas fábricas de charque, e você realmente toca na história com as mãos.

Ah, e para as românticas de plantão, o Teatro Guarany é um charme só. O lugar parece um pequeno palácio por dentro, com aquela decoração art nouveau que deixa qualquer noite especial.

A energia cultural de Pelotas

Pelotas é conhecida como a capital nacional dos doces — sério, não é exagero. Uma vez por ano, rola a Fenadoce, aquele evento dos sonhos pra quem ama experimentar delícias tradicionais. Você entra e já sente o cheirinho de açúcar e forno quente no ar. Tem tanto doce diferente que a gente até perde a linha da dieta, e tá tudo certo!

A cidade respira arte, com festivais de folclore onde gente do mundo todo mostra danças e tradições. Na época do festival, parece que cada esquina vira palco.

Sabe aqueles casarões antigos? Muita gente transforma em ateliês e galerias. Tem sempre algo acontecendo, desde exposições até rodas de leitura na Bibliotheca Pública, que é outro tesouro pra quem gosta de literatura.

Pra quem quer fugir só do doce, os restaurantes oferecem aquele churrasco gaúcho de respeito e vários pratos típicos da culinária do sul. E se você curte coisas antigas, o Caminho dos Antiquários é um passeio delicioso (e um perigo pra quem adora decorar a casa).

Doces que valem a viagem inteira

Muita gente se pergunta como Pelotas ficou tão famosa pelos doces. Lá atrás, as famílias açorianas e portuguesas chegaram com receitas, mas quem fez a mágica acontecer de verdade foram as mulheres escravizadas, que inventavam jeitos de deixar tudo mais gostoso.

As confeitarias mais tradicionais servem doces como quindim, toucinho do céu, broas e outros nomes que talvez nem tenha ouvido ainda. Aqui em casa, sempre que alguém vai pra lá, já espero por uma caixinha desses doces — difícil quem resista.

Se der sorte de pegar a época da Fenadoce, é o momento de provar cada um. Tem doce de leite, de ovos, aqueles bem trabalhosos mesmo. O evento faz a cidade ferver de turistas e é um passeio que agrada crianças, adultas e vovós.

Por que Pelotas virou a Princesinha do Sul

Esse apelido fofo não veio à toa. Pelotas era riquíssima no tempo das charqueadas, lá pelo século XIX. Aquela riqueza toda foi parar em palacetes, praças enormes, vida cultural animada.

O mais curioso é que, além do dinheiro, muita coisa foi importada da Europa — pisos, mármores, até arquitetos. Por isso, a cidade ficou com um toque europeu que surpreende quem chega pela primeira vez. Dá pra sentir esse charme todo andando pelas ruas do centro, principalmente depois de uma chuva fraquinha, com cheiro de terra molhada.

O nome ficou e, olha, combina até hoje: uma cidade elegante, mas acolhedora, com aquele jeitinho interiorano que só o sul tem.

Quando ir para curtir o melhor de Pelotas

Se der pra escolher, a época da Fenadoce, entre maio e junho, é a mais animada da cidade. A temperatura fica agradável — mais fresquinho, entre 12 e 20 graus, perfeito pra andar na rua sem cansar.

Na primavera, dos meses de setembro a novembro, os jardins ficam floridos, tudo parece um pouco mais colorido e alegre. O clima ameno convida para caminhadas e fotos bonitas.

No verão, janeiro e fevereiro, o calor é mais intenso, chegando a 30 graus. É bom pra quem gosta de uma prainha, já que a cidade fica perto da Lagoa dos Patos.

E, olha, o inverno ali é bem friozinho — 8 a 16 graus — e nada melhor que aproveitar esse clima degustando um doce bem acompanhado de um café forte, dentro de uma confeitaria cheia de tradição. Eu adoro!

Um pedacinho vivo da história e da doçura gaúcha

Pelotas guarda em cada praça, casarão e até na vitrine de confeitarias centenárias um pedaço importante da história do sul. Difícil sair de lá sem trazer na memória (e na mala) um pouco desse charme de cidade que conseguiu envelhecer com elegância e muito sabor.

Quem gosta de cultura, de lugares bonitos e de uma boa mesa, vai se sentir em casa. E, se você for como eu, vai querer voltar sempre pra provar aquele doce que só Pelotas sabe fazer igual.

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