3 erros no trabalho que podem acabar com suas férias dos sonhos

Quem trabalha de carteira assinada no Brasil já sabe: ter 30 dias de férias por ano é aquele momento sagrado de descanso. É um direito que está garantido na nossa lei, chamado CLT, e faz toda diferença na vida de quem pega ônibus cheio, enfrenta chefe difícil ou só quer um respiro do corre-corre do dia a dia.

Só que, como tudo na vida, tem regrinhas. Não adianta só contar os dias até as próximas férias sem ficar de olho no que pode atrapalhar esse descanso. Tem algumas situações que podem reduzir ou até cortar as tão sonhadas férias. E, olha, não é nada muito complicado, mas são detalhes que passam batido para muita gente.

Eu já vi colega contando os dias achando que as férias estavam garantidas e, de repente, levou um susto com a notícia de que perdeu ou teve os dias cortados. Então, entender como funciona esse tal artigo 133 da CLT pode evitar surpresas bem desagradáveis.

Por isso resolvi te explicar de um jeitinho simples — como quem abre o coração pra uma amiga.

Afastamentos longos podem zerar seu tempo de férias

Tem três situações principais em que um afastamento mais longo pode mexer com suas férias. Vou explicar rapidinho assim, sem rodeios:

Se você sai do emprego e é recontratada pela mesma empresa depois de mais de 60 dias, não adianta. Você perde aquele período que já tinha contado para férias. Tudo começa de novo, igual quando a gente reinicia uma dieta na segunda-feira seguinte.

Outra coisa: ficou de licença remunerada, mas passou de 30 dias direto sem trabalhar, só recebendo salário? Pois é, nesse caso, o período de férias zera também. Eu sei, às vezes acontece mesmo, mas bom saber desse detalhe. Aqui em casa, vivi parecido quando precisei me afastar para um tratamento e, na volta, tive que refazer toda a contagem das férias.

Ah, e se a empresa parar as atividades — tipo greve, suspensão parcial ou aquele fechamento para reformas — e você ficar mais de 30 dias só recebendo e sem trabalhar, também zera a contagem das férias.

Sempre que algo assim acontece, aquele ciclo de 12 meses para conquistar férias começa tudo de novo. Um balde de água fria, né?

Quando o afastamento é por saúde

Ninguém quer ficar doente, mas se acontece e você precisa se afastar por auxílio-doença ou acidente de trabalho, tem um detalhe importante. Se ao longo do ano você soma mais de 6 meses afastada recebendo benefício do INSS (mesmo que com idas e vindas), também perde o direito às férias daquele período.

É tipo assim: foi 3 meses no começo do ano, mais 2 no meio e mais 2 no fim — bateu 6 meses e já era. Eu sempre penso nisso porque, além do processo de recuperação, ainda tem que lidar com essas burocracias na volta. E claro, não tem muito como fugir, mas ficar sabendo antes já ajuda a se planejar emocionalmente, né?

Faltas injustificadas: aquelas que podem encurtar seu sossego

Agora, amiga, se tem uma coisa que todo mundo já fez (nem que seja uma vezinha) é faltar no trabalho sem um motivo que possa ser justificado. Só que a lei não vê isso com bons olhos, não. Quanto mais faltas sem justificativa, menos dias de férias você tem direito naquele ano.

Funciona assim:

  • Se você teve no máximo 5 faltas sem justificativa, tranquilo: os 30 dias de férias estão na mão.
  • De 6 a 14 faltas, as férias baixam para 24 dias.
  • Se foram de 15 a 23 faltas, só pode tirar 18 dias.
  • De 24 a 32 faltas, o descanso cai para apenas 12 dias — quase uma semaninha estendida.
  • Agora, passou de 32 faltas? Pronto, aí perde o direito às férias naquele ciclo. Já pensou?

E detalhe: faltas só contam para redução se não tiver justificativa legítima. Se tiver atestado médico, convocação judicial, ou outro motivo previsto em lei, aí está salva. Senão, cada falta pesa mesmo.

Aqui entre nós, às vezes bate aquela vontade de emendar uma folga, principalmente depois de um fim de semana mais animado ou quando criança adoece de surpresa. Mas é bom lembrar desses limites para não ficar sem o descanso que faz tanta falta depois.

Essas regrinhas são simples, mas salvam a gente de dor de cabeça lá na frente. Afinal, ninguém quer se planejar todo o ano para uma viagem ou um tempo para si mesma e acabar descobrindo em cima da hora que não terá os dias de descanso como esperava. E olha: vale sempre conversar no trabalho sobre essas questões, principalmente quando o motivo do afastamento ou da ausência é mais sério. Tem coisa que só a gente entende, né?

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