Alzheimer em mulheres: como perceber os primeiros sinais em casa

O Alzheimer é aquele tipo de assunto que, quando a gente ouve falar, dá até um friozinho na barriga. Parece coisa distante, mas muitas famílias já passaram ou vão passar por isso algum dia. A gente vê uma mãe, uma tia mais velha, ou mesmo uma avó começando a esquecer as coisas e logo bate aquela preocupação, né?

O que chama atenção é que esse tal de Alzheimer não chega de uma vez. Ele vai dando sinais bem de leve, quase como uma mania nova ou um esquecimento que no começo até parece normal. Eu já vivi isso na família, e sei que a gente demora um pouquinho para perceber que não é só coisa da idade.

A doença, para quem nunca ouviu falar direito, mexe direto com a memória, o raciocínio e com tudo aquilo que a gente faz sem nem pensar. E olha, viver ao lado de alguém que começa a esquecer receitas, datas de aniversário, ou como chega em casa, não é nada fácil.

O risco aumenta muito depois dos 60 anos. E, apesar de ser mais comum nessa fase, às vezes o susto vem mais cedo. O que acontece ali no cérebro é um acúmulo de proteínas que bagunça todo o funcionamento dos neurônios. Isso acaba prejudicando aquela rotina que a pessoa tocava, muitas vezes, sozinha.

Para quem cuida, entender direitinho os sinais faz toda a diferença. Às vezes o melhor cuidado começa só com uma observação mais atenta — nada de pânico, só mais carinho no olhar.

6 sintomas de Alzheimer que merecem nossa atenção

Ninguém sente igualzinho, mas muitos sintomas do Alzheimer acabam se repetindo. Tem aqueles sinais iniciais que fazem diferença se descobertos cedo. Vou listar aqui os principais, só para ficar fácil de lembrar se algum dia você notar algo assim em casa.

Memória recente sumindo demais

Sabe aquela coisa de esquecer recados, datas ou até mesmo o que acabou de comer no almoço? No começo parece distração, mas no Alzheimer esses esquecimentos viram rotina. Às vezes a pessoa repete histórias várias vezes no mesmo dia, esquece compromissos ou até de pagar contas importantes.

Aqui em casa, já aconteceu de alguém perguntar três vezes seguidas o horário de um compromisso. Na hora, você pode até rir, mas depois cai a ficha que algo está diferente.

Dificuldade para organizar a vida

Não é só memória não. Coisas que sempre foram simples, como planejar uma compra no mercado ou seguir uma receita de bolo, podem se tornar um bicho de sete cabeças. Pagar boleto, então, vira um drama. Toda aquela organização desaparece e até a autoconfiança vai ficando abalada.

Se aquilo que a pessoa fazia com os olhos fechados começa a dar trabalho demais, vale ligar o alerta.

Desorientação com tempo e lugar

É estranho ver alguém confundir os dias da semana, esquecer datas importantes ou até se perder indo aos lugares de sempre. Eu conheço uma vizinha que se perdeu na própria rua e precisou que alguém da família fosse buscá-la. Isso não é só esquecimento; é realmente perder a referência de onde está ou quando as coisas acontecem.

Esses episódios preocupam porque aumentam os riscos de acidentes, então, quanto antes a gente perceber, melhor.

Problemas para conversar e se expressar

A conversa começa a ficar truncada. A pessoa começa a procurar palavras, trava no meio da frase, ou troca nomes de gente com quem convive todo dia. Ler um bilhete ou seguir uma conversa simples também passa a dar trabalho. Às vezes, ela se cala para evitar constrangimentos — e aí o isolamento aparece, quase sem a gente perceber.

Quem convive com idosos nota rápido esse tipo de mudança, mesmo que, de início, pareça só cansaço ou tédio.

Mudanças de humor e comportamento

De repente, aquela mãe animada ou a tia paciente fica irritada, ansiosa, triste, até mesmo apática. São sentimentos que aparecem sem explicação aparente. Já vi casos de pessoas que explodem do nada, respondem diferente, ou simplesmente não querem mais sair de casa. Essas alterações acontecem porque o Alzheimer também mexe com o emocional, não só com a mente.

É aquela sensação de estar lidando com uma outra pessoa, mas que a gente ama como sempre.

Falta de vontade para as coisas que antes amava

A falta de interesse é um dos sinais mais tristes. A pessoa vai deixando de lado hobbies que gostava, perde o encanto pelo convívio familiar, e até a vontade de sair para tomar um sol na praça some. Sabe aquela mãe que adorava cuidar de plantas? Do nada, as suculentas vão secando…

Quando a motivação desaparece, o olhar mais carinhoso e atento faz diferença. Muitas vezes, com apoio, dá para amenizar um pouco esse quadro.

Por que as mulheres têm mais Alzheimer?

Olha só que coisa: o Alzheimer atinge muito mais as mulheres. Não é só impressão não — estudos mostram que a cada três casos, dois são delas. A principal razão é simples: as mulheres vivem por mais tempo, e só aí a chance já aumenta bastante.

Além disso, o corpo feminino passa por trocas hormonais enormes durante a vida, principalmente na menopausa. Essas mudanças mexem com vários processos do cérebro, deixando a gente um pouquinho mais vulnerável. E tem mais: ainda tão pesquisando outras questões biológicas e genéticas que podem influenciar.

O nosso jeito de vida também conta. Em alguns casos, as mulheres acabam acumulando mais responsabilidades, lidando com altos níveis de estresse e tendo menos tempo para cuidar da própria saúde. Ah, e sabe aquela preguiça de fazer atividade física? No fim, tudo isso pesa.

Para quem ficou preocupada: apesar do risco maior, entender as particularidades do feminino é o primeiro passo para cuidar melhor de quem a gente ama — e de nós mesmas também.

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