Por que tanta gente parou de criar conta em apps?

Se você já se pegou usando menos o ChatGPT no celular ou reparou que ele ficou mais paradinho por aí, saiba que não está sozinha. Muita gente percebeu o mesmo e agora os dados mostram que realmente deu uma esfriada no interesse, principalmente nesses últimos meses.
Lembro bem da empolgação, quando esse aplicativo apareceu como uma super novidade pra resolver mil coisas do dia a dia. Era dica de tudo quanto é lado, meme nas redes sociais, gente descobrindo novas formas de usar, até nas conversas de WhatsApp era difícil fugir do assunto. Só que agora parece que a poeira baixou, sabe?
Os números mostram uma desaceleração tanto nos downloads quanto no uso real do aplicativo. É aquela história: novidade dura pouco e, depois de um tempo, a rotina fala mais alto. Aqui em casa mesmo, o ChatGPT já foi febre, mas hoje beeeem mais difícil alguém abrir pra conversar.
Se você também ficou curiosa sobre o motivo disso tudo, já te adianto: tem algumas explicações bem interessantes.
O ritmo dos downloads e do uso vem caindo
Vou ser direta: os downloads do ChatGPT no celular caíram 8,1% em outubro comparado com setembro. E olhando pra trás, setembro também já tinha registrado queda. Ou seja, a curva está descendo. Não significa que ninguém mais baixe – ainda são milhões de pessoas instalando, mas o famoso “boom” ficou em abril, quando o crescimento de novos usuários beirou 65%.
Lembro bem dessa época, ficou até difícil abrir o Instagram sem ver alguém testando alguma coisa nova com o ChatGPT depois daqueles lançamentos de recursos diferentes, tipo os modelos o3 e o4-Mini ou aquela atualização de imagens que viralizou.
Agora, a base do aplicativo está mais estável. Menos gente nova chegando, o pessoal que ficou continua, mas entrando com menos frequência. O número de vezes que uma pessoa abre o app por dia nos EUA, por exemplo, caiu mais de 20% desde julho.
As pessoas estão usando menos (e por menos tempo)
Não é só questão de baixar ou não. O tempo que todo mundo passa no aplicativo despencou cerca de 22,5% desde julho. Ou seja, até quem gostava de explorar está ficando menos tempo lá dentro.
Aqui fica aquela dúvida sincera: será que o app ficou mais eficiente, ou só perdeu a graça? Pois é, os números mostram que o pessoal realmente enjoou um pouquinho. É como aquela fase de paixão por lanche novo, sabe? No começo, só dá aquilo. Depois de um tempo, bate a vontade de variar.
O gráfico que acompanha o estudo mostra direitinho essa curva caindo. Impressiona, porque dá pra ver o interesse diminuindo mês após mês. Não foi só você.
O que explica esse desânimo?
A primeira coisa é a concorrência. O Google, por exemplo, entrou forte com aquele Gemini, que ganhou novas funções e ficou mais aparecido desde setembro. Agora, quem gosta de testar tecnologia tem mais opções para brincar.
Só que tem outro detalhe: mesmo antes desse furdunço com o Gemini, o uso do ChatGPT já vinha caindo. Parece que o efeito novidade realmente passou. Aquela empolgação inicial não dura pra sempre, né? Todo aplicativo vira rotina e perde um pouco o encanto depois dos primeiros meses.
Outra coisa é a tal mudança na personalidade do ChatGPT. Muita gente reclamou que, com as atualizações, ele ficou mais direto e até meio seco pra conversar. Falaram que perdeu um pouco do jeitinho de “gente”. O próprio chefão da OpenAI reconheceu que isso incomodou parte dos usuários e já admitiu que vai rever o estilo do chatbot.
Aliás, já comentei com amigas: antes dava até pra rir das respostas dramáticas e criativas, agora está tudo mais engessado. Acho que quem gostava de trocar ideia mais solta sentiu diferença mesmo.
Sei que algumas decisões novas, como permitir conversas sobre assuntos adultos, já estão no radar da empresa. Talvez o app acabe mudando de novo para tentar trazer de volta aquela vibe interessante dos primeiros dias. Mas, por enquanto, a verdade é que ele anda mais paradão mesmo.
No final das contas, não dá pra obrigar ninguém a continuar encantado com algo que, simplesmente, não surpreende mais tanto quanto no começo. E a vida segue — com ou sem ChatGPT bombando no celular.
