Ele tem vagas lembranças de poucos detalhes e praticamente nenhuma data, mas fez de seu principal objetivo de vida, encontrar a irmã Neusa Pereira. E para isso já tentou boa parte dos caminhos que pudessem levar a esse encontro, ainda sem sucesso.
Ele é o aposentado Nelson Pereira, de 75 anos, residente em Iacri (SP), que há algum tempo vem a busca de sua irmã mais nova, que hoje tem entre 65 e 69 anos de idade.
Segundo Nelson, Neusa é a caçula de nove filhos do casal Justa Luciana e João Pereira, que por volta dos anos de 1940/1950 peregrinou por municípios do Oeste de São Paulo, como Junqueirópolis, Panorama, Iacri e Rinópolis. Ele se lembra – e já teria encontrado documentos em Cartório – de que sua mãe, Dona Justa, faleceu e foi sepultada em Irapuru (SP), quando ele tinha por volta de nove anos de idade – na década de 1950.
Na época, órfãos, ele e sua irmã Neusa, com cerca de três anos, foram morar com um casal de tios, Odilon e Conceição. “Por três anos, mais ou menos, a vida foi até boa, mas com a morte da esposa do meu tio, as coisas se complicaram”, conta Nelson.
Paraná
Em dificuldade para cuidar dos sobrinhos que recebeu de João, Odilon teria pedido ajuda de familiares do Paraná e Neusa, então com cerca de seis anos de idade, foi levada para morar com outro casal de tios: Elpídio Ribeiro e Gení Valim, em Cidade Gaúcha, região de Umuarama (PR).
Segundo informações que recolheu nos últimos meses de procura pela irmã, Nelson descobriu que ainda menor de idade, Neusa teria fugido da casa do tio – por dificuldade no relacionamento com a tia Gení – e se unido a um jovem que passava pela cidade em um circo. E que os dois teriam se casado legalmente no cartório de Cidade Gaúcha, com aval do Tio Elpídio, necessário na época por se tratar de pessoa menor de idade – entre o final da década de 1960 e o início de 1970.
Nelson Pereira conta ainda que depois da ida de Neusa para o município paranaense de Cidade Gaúcha, nunca mais teve contata com a irmã, ou com os tios que a criaram. Familiares dele, residentes e cidades do interior de São Paulo, mantiveram os últimos contatos por volta dos anos 1970 e 1980 com primos que residiam em Umuarama e Paraíso do Norte da parte de um tio chamado Ilmo Luciano, que foi quem levou Neusa para a casa do Elpídio e Gení.
Presente
Nelson pede ajuda para localizar Neusa, por uma razão muito especial. A irmã mais velha de ambos, Nair Ribeiro (Calança), residente em Panorama (extremo Oeste Paulista, na barranca do Rio Paraná), completa 90 anos de idade no próximo mês de janeiro e o objetivo seria ‘presenteá-la’ com o reencontro da irmã caçula que não vê há pelo menos 60 anos. “Primeiro que é minha irmã e eu gostaria muito de encontrá-la e depois seria uma alegria muito grande para nossa irmã mais velha rever a caçula depois de tantos anos e justamente no aniversário de 90 anos”, resume.
Qualquer informação sobre o paradeiro de Neusa Pereira, pode ser dada a Redação do Jornal de Domingo pelos telefones (14) 3722-8686, (14) 9-8130-4451 ou (14) 9-9778-9904.
Fonte: Nilton Correa de Mendonça – MTb: 32.737-SP