Na próxima quinta-feira (17), os professores da rede estadual de ensino do Paraná vão paralisar as atividades em protesto contra a terceirização no setor, pelo cumprimento da lei do piso salarial, entre outros pontos. A categoria está organizando protestos em várias cidades do estado e uma grande mobilização em Curitiba.
O presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, afirma que o pedido de reajuste deste ano deve ficar em torno de 18%; 7,75% mais a inflação do período de 12 meses (10,74%) até a data-base da categoria, em 1º de janeiro de 2016. Segundo o governo, a remuneração no Paraná já é superior ao piso nacional. Um professor em início de carreira no magistério receberia R$ 2,8 mil de salário, mais R$ 800 de auxílio-transporte, o que totaliza a remuneração de R$ 3,6 mil.
A última greve da categoria durou 46 dias, entre 25 de abril e 9 junho de 2015 e atrasou o calendário escolar em diversas instituições de ensino. Cada escola adotou as medidas de reposição de acordo com a necessidade local. A Secretaria Estadual de Educação aprovou as aulas ministradas aos sábados e as sextas-aulas. Algumas instituições de ensino devem concluir o ano letivo de 2015 no dia 26 de fevereiro de 2016.
Greve Nacional
Em outros estados a paralisação será realizada em três dias, 15, 16 e 17 de março.
Como os professores do Paraná têm outro protesto marcado para o dia 29 de abril, para lembrar a ação da polícia que deixou 200 feridos em 2015, a APP-Sindicato, que representa os professores do estado, decidiu manter apenas um dia em março para marcar apoio às reivindicações nacionais e chamar atenção para a pauta local.
A mobilização nacional chamada de “Greve Geral da Educação” em março será realizada para exigir o cumprimento da lei do piso nacional pelos estados e municípios, valorização da escola pública, e contra fechamento de escolas e classes, terceirização, além da chamada “militarização” de instituições públicas de ensino.
Pelo menos 11 escolas da rede estadual de Goiás passaram por um processo de “militarização” do ensino, resultado de uma parceria das duas Secretarias (Educação e Segurança) para acabar com a violência no ambiente escolar. Na prática, os militares assumem a administração da escola, enquanto a parte pedagógica (professores e métodos de ensino) segue sob a alçada da Secretaria de Educação. A medida é considerada prejudicial por professores ligados à CNTE.
Fonte: paranaportal.uol