A estatística de agressões contra mulheres no Brasil aumentou, e muito, com a COVID-19, pensar em medidas a fim de diminuir os casos é muito necessário.
A violência contra a mulher no Brasil sempre foi assunto de urgência devido aos grandes índices de agressões e homicídios. Mas, com a pandemia do coronavírus, este número aumentou em, pelo menos, 50% no Rio de Janeiro.
A situação não ocorre apenas na cidade carioca, já que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o mundo inteiro está passando por aumentos significativos de violência doméstica. Porém, o que é preciso fazer para que mulheres se mantenham com saúde e segurança em períodos de quarentena familiar?
Afinal, por que a violência contra a mulher aumentou com o coronavírus?
Segundo a Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, houve um aumento de 17%, no país inteiro, em relação à violência contra a mulher durante a pandemia do COVID-19. Isso quer dizer que não bastasse a insegurança de sair na rua, elas também passam por momentos de tensão, medos e incertezas dentro de casa.
Devido aos trabalhos remotos, à grande maioria dos comércios fechados e à enorme quantidade de demissões nos últimos dias, a maior parte dos homens passou a ficar mais tempo dentro de casa, o que ocasionou mudanças na rotina, e aumentou o número de agressões.
Mas não só isso. Muitas mulheres dependem financeiramente do companheiro e são responsáveis pelos filhos e cuidados domésticos. Porém, com o marido em casa, as agressões por motivos banais tornam-se rotineiras. Principalmente, com a crise atual por conta da pandemia, na qual eles passaram a interferir com violência em assuntos que os incomodam no dia a dia.
É possível buscar ajuda, denuncie!
Mesmo com a pandemia do coronavírus e alguns dos serviços e comércios fechados, a delegacia da mulher está aberta. Além disso, em alguns estados do Brasil, é possível fazer a denúncia on-line. Então, se presenciar ou for vítima de violência doméstica, não hesite e busque ajuda. Saiba que em briga de marido e mulher, se mete a colher sim!
Em casos de situação de violência, disque 180 para a Central de Atendimento à Mulher e em caso de flagrante, disque para o 190. É importante não se calar em tais circunstâncias para que as estatísticas não venham a crescer.
Intervenha em caso de violência doméstica
Como dito, caso testemunhe uma mulher apanhando, pedindo ajuda ou passando por qualquer situação de violência, denuncie. Existem meios de denunciar sem expor a vítima ao risco de apanhar novamente.
Por exemplo, crie grupos no WhatsApp com outras mulheres e aja naturalmente, adicionando a vítima para que ela faça qualquer pedido de socorro por lá, sem causar desconfiança do companheiro.
Para isso, combine códigos e palavras-chave que vão ser de fácil identificação em caso de agressão e que não causem nenhuma desconfiança. Denuncie nos números citados acima e esteja sempre em contato com a mulher que sofreu violência.
Medidas de políticas públicas são necessárias em situações como essa
Políticas públicas são necessárias a fim de diminuir os dados de agressão. Pois, apesar de hospitais e delegacias estarem enfrentando situações de foco contra à COVID-19, não dá para deixar a violência doméstica em segundo plano.
Por isso, é importante que o estado estude as melhores estratégias sem deixar de excluir os direitos e a qualidade de vida de todos os cidadãos. Pois, são mulheres e crianças que podem estar com problemas psicológicos, devido ao dia a dia com o agressor, e também precisam de amparo e abrigo, além de cuidados específicos que só o estado é capaz de fornecer.