Doze pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (26) durante a “Operação Ressurreição”, deflagrada para desarticular uma quadrilha suspeita de aplicar golpes para obter o seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres) e driblar o rodízio de empresas funerárias em Curitiba.
Entre os presos estão donos de funerárias, motoristas do Instituto Médico Legal (IML) e empresários. As pessoas detidas serão indiciadas pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, estelionato e falsidade ideológica.
Além deles, um médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Colombo, um advogado e um gerente de banco foram alvos de mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para depor na delegacia).
Em 14 mandados de busca e apreensão, além de vasta documentação, cinco armas foram apreendidas e mais R$ 4,8 mil. O suspeito Vagner de Souza Ferreira, agente funerário, está foragido. Outro agente funerário, Pedro Buschoski, acabou preso em flagrante, pois durante o mandado de busca, uma arma foi encontrada em seu poder.
Indicação de corpos
Os investigados passavam o dia e especialmente a madrugada atrás de corpos vítimas de acidentes de trânsito ou morte natural, sendo que para isso corrompiam os motoristas do IML, para que estes passassem informações privilegiadas e em tempo real dos óbitos. Para cada “corpo” indicado, os funcionários do IML recebiam R$ 700 reais.
A quadrilha chegou a fraudar documentos do local de morte de algumas pessoas e até mesmo de produzir um atestado de óbito de uma pessoa que está viva – fato que ensejou o nome da operação.
O Nurce investigava a quadrilha deste julho de 2015 depois que a direção do IML detectou irregularidades na liberação dos corpos de duas pessoas
A quadrilha chegou a fraudar documentos do local de morte de algumas pessoas e até mesmo de produzir um atestado de óbito de uma pessoa que está viva – fato que ensejou o nome da operação.
Participam da ação, policiais do Nurce, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), do Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber), da Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor (Delcon), do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), da Corregedoria da Polícia Civil e da 13ª Subdivisão da Polícia Civil de Ponta Grossa.
Fonte: Umuarama News