A falta de um acordo entre os sindicatos do comércio (patronal e dos comerciários) foi discutida na reunião da Diretoria da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (ACIAP), realizada na manhã desta terça-feira (14), por videoconferência. O Acordo Coletivo de Trabalho foi encerrado no dia 31 de maio e desde então o Sivapar (Sindicato do Comércio Varejista de Paranavaí) e o Sindoscom (Sindicatos dos Comerciários) não conseguiram chegar a um denominador comum.
Durante a reunião, o presidente Maurício Gehlen disse que fez encontros individuais com os presidentes dos dois sindicatos. Mas percebeu que ambos estão irredutíveis. “Estamos fazendo um gerenciamento de crise nesta questão”, comentou o gerente-executivo da ACIAP, Carlos Henrique (Kaká) Scarabelli, que lembrou que este ano é de prejuízo para as empresas. “Tudo que se fizer a mais será para diminuir o prejuízo”, reforçou ele.
As divergências dos sindicalistas se concentram em dois pontos: o índice de reajuste e a autorização para que o comércio funcione também nos dois primeiros domingos do mês, a exemplo do que já acontece nos dois primeiros sábados, quando o horário é estendido até às 17 horas. O Sindoscom quer um reajuste de 2,05% e o Sivapar é contra a concessão de qualquer aumento. Enquanto não se assina o acordo, o comércio de Paranavaí está sem calendário, o que implica em dizer que não há definição sobre a abertura do comércio as vésperas de datas especiais e até mesmo para dezembro para as vendas de Natal.
A entidade está preocupada. “A hora é de união”, disse Gehlen, para quem na discussão não está sendo considerado os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus, a Covid-19. “Agora é hora de ter uma visão de futuro e lá na frente a gente pode rever esta situação, mas hoje é inadmissível não existir um entendimento que seja bom pra todo mundo”, lamentou o presidente.
O vice-presidente Rafael Cargnin Filho, que deverá suceder Gehlen à frente da ACIAP, disse ver “com tristeza a falta de um acordo coletivo”. Ele defendeu uma conscientização do momento delicado que o país atravessa. “Temos que caminhar para o entendimento”, defendeu. No seu entendimento o momento é de garantir empregos, opinião compartilhada com Gehlen: “garantir o trabalho é mais importante hoje. Vamos olhar para o futuro e garantir as condições para um aumento real lá na frente”, sublinhou.
Fonte: Assessoria ACIAP
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