A Diretoria da Santa Casa de Paranavaí comemorou o anúncio feito pelo governador Ratinho Júnior, na semana passada, de que em 15 dias deverá ser assinado o contrato que vai garantir o custeio da Unidade Morumbi viabilizando sua abertura. “Nos próximos 15 dias eu acredito que a gente já estará assinando o convênio para que essa ala mais moderna, esta estrutura mais moderna possa atender esta segunda etapa de planejamento da saúde””, disse o governador durante entrevista à imprensa, em Cianorte, na quinta-feira.
A “segunda etapa” a que o governador se refere é o que ele chama de um “mutirão” com todos os hospitais filantrópicos, municipais e do governo do estado “para que possa atender este número de cirurgia eletiva que a gente tem represado”. Cirurgias eletivas são aqueles que podem ser programadas, ao contrário das de urgência e emergência.
“A notícia é alvissareira. Temos conversado com a SESA (Secretaria Estadual de Saúde) e temos sentido muito boa vontade em abrir a Unidade Morumbi, mas ainda não tínhamos recebido uma posição tão firme como o governador fez agora”, diz o diretor-geral do hospital, Héracles Alencar Arrais.
Segundo o governador, neste mês de novembro “no mais tardar na segunda quinzena” ele e o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, estarão autorizando a Santa Casa a abrir “esse novo complexo que vai ser muito importante para atender também a região noroeste. É um ganho para a saúde do Estado”.
Ratinho explicou que, com a pandemia, “focamos em potencializar hospitais que já existiam, que já estavam com equipamento e estrutura e agora nós estamos descentralizando estes hospitais para uma segunda etapa, que são as cirurgias eletivas. Ficamos dois anos com as cirurgias eletivas represadas e agora nós vamos fazer um mutirão para atender este número de cirurgia que a gente tem represado. Então nos próximos 15 dias eu acredito a gente já está fazendo a assinatura do convênio para que essa ala mais moderna, esta estrutura mais moderna possa atender esta segunda etapa de planejamento da saúde”.
A Unidade Morumbi vai atender exclusivamente pacientes do SUS. Como a remuneração do Sistema é deficitária, há a necessidade de aporte complementares de recursos. Na unidade central, por exemplo, o hospital atende pacientes de convênios e particulares, que geram receita necessária para cobrir o déficit do SUS, o que não vai acontecer na Unidade Morumbi.
“Nós confiamos plenamente no governador Ratinho Júnior e no secretário Beto preto. Sabemos que eles têm as melhores das intenções e que vão encontrar a fórmula para garantir o custeio da Unidade Morumbi. Também estamos ansiosos para abrir a unidade”, aponta o presidente da Santa Casa, Renato Augusto Platz Guimarães.
A partir da assinatura do convênio, a estimativa é de que em 60 dias o hospital comece a funcionar. Este tempo, explicou Arrais, é necessário para contratação de pessoal e montagem dos equipamentos. “Os equipamentos já foram adquiridos e já estão aqui. Mas a garantia deles começa a contar a partir da instalação. Então nenhum deles foi instalado para não perder a garantia”, explicou o diretor.
A SESA está discutindo com os prefeitos dos 28 municípios da Amunpar uma forma de participação de cada um na manutenção da Unidade Morumbi. Esta nova unidade terá como prioridade justamente o que tem preocupado os prefeitos na área de saúde: as cirurgias eletivas.
Antes da pandemia, o número de leitos já era insuficiente para um atendimento mais célere destes procedimentos. Isto porque, apesar da capacidade de fazer as cirurgias, era preciso ter leitos para a recuperação dos pacientes. Com a pandemia, 40 leitos foram desativados para implantar a Ala Covid, o que limitou ainda mais a realização desta modalidade de cirurgia.
A nova unidade terá 108 leitos, sendo 10 deles de UTI, aumentando em 75% a capacidade da Santa Casa, o que beneficia direta e exclusivamente os 28 municípios, já que os novos leitos são exclusivamente SUS.
Fonte: Jornalista Jorge Roberto