Chuvas intensas têm castigado há um ano a cidade de Paranavaí. A força do fenômeno ‘El Niño’, segundo números do Simpear (Sistema Meteorológico do Paraná) demonstram o aumento em índices que prejudicam, além da população, o andamento e a conclusão de muitas obras na cidade.
A cada ano, a média histórica de chuvas vêm subindo, chegando no ano passado ao número de 1.523 milímetros (mm) anuais. Em 2015, com tantas chuvas torrenciais, o Simepar registrou um aumento de aproximadamente 65%. Com isso, Paranavaí teve no ano passado 2.352 mm.
“Estamos três semanas atrasadas no cronograma. Ficamos praticamente parados todos esses dias que tiveram sequência de chuva. O asfalto a quente não pode ser feito e as pedreiras também não estão conseguindo trabalhara. Não podemos fazer galeria, pavimentação e asfalto com esse tempo, pois sempre precisamos de dois dias de estiagem para dar continuação”, disse o engenheiro da Construtora Monte Cristo, Renato Dutra.
Em janeiro, a média histórica é de 186 mm. Em 2015, foram 121,4 mm, enquanto em 2016, foram 276 mm. Até o momento, apenas o mês de março não registrou crescimento da média histórica. Neste mês, em cinco dias, foram 87 mm, enquanto em 2015, no mês todo, foram 24,6. A média histórica de junho é de 99 mm.
A inauguração do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) do Distrito de Graciosa precisou ser adiada devido as fortes chuvas, que não permitiram avanço nos trabalhos. Dentro do equipamento as obras precisam de retoques finais, porém, o asfalto é a maior preocupação. “Sem a estiagem do tempo, não é possível executar a pavimentação. Precisamos de dias de tempo estável para concluir os trabalhos para que, em breve, a administração possa realizar mais uma inauguração”, disse o prefeito Rogério Lorezetti.
Além do CMEI, a Prefeitura trabalha com a construção de oito UBS (Unidades Básicas de Saúde) na cidade. Uma já foi inaugurada no Jardim Maringá, outra está pronta e precisa apenas de retoques finais (Jardim Monte Cristo), e outras seis ainda estão com obras em andamento. As unidades dos jardins São Jorge (Coloninha), Panorama, Ouro Branco, Zona Leste, Geraldo Felippe e do Centro, e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), nas proximidades da Santa Casa, necessitam de tempo estável para finalização das obras.
Algumas obras da Prefeitura que já estavam com serviços adiantados precisaram de aditivos de prazos devido as fortes chuvas. “Já fizemos vários aditivos e, conforme o período de chuva se alongar, precisaremos fazer outros. Loteamentos estão parados e obras das Unidades Básicas de Saúde devem ser prorrogadas em até três meses. Obras de calçamento e meio fio no Jardim Matarazzo também precisam ser paralisadas com as chuvas. Estamos nos improvisando com as dificuldades e, garantimos que, com a estabilidade do tempo, os serviços voltam a todo vapor”, garantiu o secretário de Desenvolvimento Urbano, Edson Batista.
Fonte: Secom/Paranavaí