A especialista Luisa Peixoto, aponta como os centros urbanos devem se preparar para a volta à normalidade e quais as tendências de mobilidade para o próximo ano.
As significativas mudanças e o impacto que a pandemia trouxe para a forma como deslocamos nos centros urbanos, devem seguir como o tema central das discussões nos próximos anos.
Segundo estudo publicado pela “Liga Insights Mobilidade”, daqui a nove anos, o Brasil terá 225 milhões de habitantes e 90% da população estará concentrada em áreas urbanas. Estima-se que até 2030, o mercado global de mobilidade crescerá cerca de 75% e atingirá um valor de US$ 26,6 trilhões.
Para Luisa Peixoto, especialista de políticas públicas e mobilidade da Quicko, aplicativo que reúne em uma só plataforma tudo o que as pessoas precisam para se deslocar com mais conveniência e inteligência pela cidade, as decisões tomadas hoje pelo poder público serão cruciais para a construção de uma mobilidade urbana mais eficiente, democrática, multimodal e, principalmente, mais inovadora.
“A pandemia deixou evidente as demandas que já existiam relacionadas à melhoria da mobilidade que poderiam ser atendidas com a ajuda da tecnologia, seja para informações em tempo real, pagamentos digitais de transportes, serviços de compartilhamento e veículos sob demanda”, explica.
O Quicko app é a primeira plataforma de mobilidade como serviço 100% brasileira e já está presente em nove regiões metropolitanas do Brasil.
O aplicativo integra roteirização de serviços de transporte (para escolha da rota mais eficiente – de acordo com tempo, modais e custo para o deslocamento) e conveniências importantes como recarga de cartões de transporte, celular, descontos pontuais em produtos e serviços de parceiros. Com a funcionalidade de aviso de lotação, o usuário pode consultar sua rota antes de embarcar.
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Pensando nos próximos passos da mobilidade urbana, a partir de um conceito pautado na priorização de um transporte público que seja mais eficiente e com menos automóveis e mais sustentável, Luisa listou 10 tendências de mobilidade para o próximo ano:
1. Repensar o desenvolvimento das cidades
Planos diretores eficientes que priorizem as pessoas, e a qualificação de áreas urbanas que atraiam o uso do espaço público e as trocas comerciais. Bem como, maior interação entre a oferta de moradia e a infraestrutura de transporte, como terminais de integração, linhas de metrôs, e corredores de ônibus. A ampliação de bicicletários e ciclofaixas para a promoção da mobilidade sustentável e a despriorização do automóvel são essenciais para a garantir a promoção de uma sociedade mais igualitária.
2. Informações em tempo real
Outra das tendências de mobilidade está nas informações em tempo real sobre localização do veículo e lotação aumentam a confiabilidade no sistema de transporte e otimizam as opções de rotas para os usuários. Por exemplo, as informações atualizadas em tempo real sobre lotação ajudam a reduzir a aglomeração nos veículos. Os dados abertos podem abrir caminho para soluções mais estratégicas e democráticas.
3. Integração de diferentes modais
Em grandes cidades, já é comum ver bicicletários ou estações de bicicletas compartilhadas próximos às estações de metrô ou terminais de ônibus. Combinar diferentes modais, coletivos e individuais, amplia o acesso da população ao sistema de transporte urbano e pode ser a solução para diversas pessoas otimizarem seus deslocamentos.
4. Menos tempo no transporte
Incentivar um acesso maior a dados abertos, rotas, previsibilidade e modais diferentes, ajudam a otimizar e reduzir o tempo de deslocamento na cidade (espera e percurso). Além disso, reduzir o tempo de deslocamento significa promover qualidade de vida e igualdade territorial, abrindo espaço na agenda das pessoas vivenciar a oportunidade existententes no espaço urbano.