Por favor, leiam o texto do David Orioch.
Saí agora da Vila Alta, na periferia de Paranavaí, e fiquei sabendo de um fato chocante e ridículo. Em 2014, conheci Elcio Caetano, um rapaz que há mais de 12 anos ficou paraplégico depois de ser atingido por uma bala perdida. Ele precisou lutar muito para conquistar o direito de receber um parco salário mínimo. Porém, no ano passado, de repente, pararam de pagar-lhe o benefício. Ele foi avisado tardiamente que o INSS acreditava que ele não tinha direito ao vergonhoso salário mínimo – e teria de devolver tudo que recebeu entre as datas de 6 de julho de 2008 e 30 de setembro de 2015.
Resumindo, o GOVERNO, do alto de sua incompetência administrativa e burocrática, quer que um homem que não anda e hoje vive de doações devolva R$ 70.180,78. Na última vez em que estive em sua casa, Elcio estava extremamente abatido, cansado e, o pior de tudo, não tinha nem o que comer. A situação dele ainda é delicada e mesmo com suporte jurídico parece distante de ser resolvida. Desde setembro do ano passado ele sobrevive com contribuições voluntárias, já que não possui mais nenhuma fonte de renda. Precisou inclusive abandonar o seu trabalho como artista plástico porque não tem condições de comprar matéria-prima.
E, pasmem, o governo alega que como a mãe do Elcio já recebe um benefício do INSS, que também é um direito dela, ele não tem direito a nada, já que os dois moravam sob o mesmo teto. Hoje, Elcio vive sozinho. Desde o ano passado, sua mãe se mudou para São Paulo, onde reside com uma filha, porque sofre de Mal de Alzheimer e precisa de cuidados diários. Para piorar, o INSS deu um prazo de 60 dias para que ele pague mais de R$ 70 mil.
Pessoal, segue baixo os dados para doações:
Élcio Caetano
Banco do Brasil Agência: 0381-6 Conta-Poupança: 6459-58
Vocês também podem ligar para (44) 9947-0930 para falar com ele.
Fonte: David Orioch